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M.M. Izidoro

Pequenas coisas significam muito

ECOA

16/11/2019 11h09

Quantas vezes você teve um sonho grande, ou realizou uma grande ação, e simplesmente esqueceu depois? Mas quantas vezes aconteceu algo que poderia ser bobo e trivial, como uma risada do seu filho, ou uma noite com amigos e até aquele pôr do sol com o crush na praia, e você se pega pensando nisso várias vezes?

Na sociedade que vivemos, parece que a as métricas de sucesso são baseadas apenas em coisas gigantes. Formaturas, casamentos, promoções. Isso pode nos fazer sentir como se a gente não estivesse fazendo nada, ou até que a gente não vale nada, caso não estivermos sempre cumprindo esse check list imaginário.

Mas o que a gente se esquece é que, como cantava Odair José, "a felicidade não existe. O que existe na vida são momentos felizes".

A gente tende a focar nessas grandes conquista e simplesmente esquece de olhar pro lado. De lembrar do gosto do sorvete, do calor do sol no rosto, da pressão do abraço da pessoa que você ama. A gente desde cedo é ensinado a ter meia dúzia de alvos que a gente tem de alcançar na nossa vida e ai da gente se a gente não chegar no proverbial lá.

Mas se tem uma coisa que a idade nos traz é a experiência. É nesse acúmulo de experiência que nós vemos que cada risada dada, que cada lágrima derramada e cada beijo trocado vale muito mais que muitos dos sonhos que a gente jurava que eram essenciais para a nossa vida e a gente nem lembra mais direito o que era ou por que a gente queria tanto aquilo.

Isso é ainda maior quando você tem um impedimento de qualquer tipo e ações do dia a dia, como interagir com outras pessoas, sair da cama e até se alimentar se tornam impossíveis.

É por isso que hoje temos as histórias do JV, da Alynne e da Letícia. Três histórias que conversam entre elas sobre como algo pequeno pode se tornar tão gigante quanto o maior dos sonhos que a gente tem.

As coisas pequenas são maioria esmagadora da nossa vida. Imagina que incrível seria se a gente prestasse mais atenção no sabor de cada mastigada que a gente está dando ao invés de comer rápido na frente do computador na hora do trabalho. Se a gente nos permitisse ter a mesma urgência com que tratamos nossos assuntos profissionais para nossos assuntos pessoais. Se nos déssemos tempo de fazer nada com quem a gente ama e não passar muito tempo com quem a gente só tolera.

No final da vida, quando a gente tiver cheio de experiência, vão ser essas coisas que vamos lembrar. Seja porque fizemos muito delas ou porque não fizemos o suficiente. Mas são as pequenas coisas que vão nos levar até lá e fazer da gente o que a gente é. 

Sempre lembrando que, se você tem uma história boa que aconteceu com você e quer dividir com a gente, é só preencher esse formulário aqui: http://bit.ly/EEDB_Form, que leremos sua história em um episódio futuro do podcast e da nossa coluna.

Nos vemos em quinze dias, fiquem de boas.

Sobre o Autor

M.M. Izidoro é contador de histórias e criador da campanha #EuEstou, para promover a saúde mental e a prevenção do suicídio entre adolescentes no Brasil

Sobre o Blog

A cada 15 dias, vamos contar notícias boas da vida real que aconteceram com gente de verdade como eu e você